Prelecionista: Vitor Morais de Sousa
Orientador: Rafael Alfenas
Data: 20/12/24, às 8h, via Google Meet
Link da videochamada: https://meet.google.com/oav-aray-xhz
Resumo: A murcha-de-ralstonia, causada por bactérias do complexo Ralstonia solanacearum, é uma das principais doenças que afeta o eucalipto no Brasil, sendo responsável por grandes perdas econômicas. A doença é disseminada principalmente por mudas infectadas assintomáticas e por meio de ferramentas de poda infestadas. Uma vez estabelecida nos viveiros, as alternativas de controle são limitadas. Contudo, o uso de rizobactérias promotoras do crescimento de plantas surge como uma abordagem promissora para o controle biológico da doença. No presente trabalho investigou-se o potencial de sete isolados de rizobactérias no controle biológico da murcha-de-ralstonia em minicepas de eucalipto. Esses isolados foram selecionados por promoverem a indução do enraizamento de miniestacas e crescimento de plantas de eucalipto. Os sete isolados foram identificados com base em Multilocus sequence analysis, sendo dois isolados pertencentes à Bacillus velezesis, um à B. amyloliquefaciens, dois à Pseudomonas putida, um à P. oleovorans e um à P. aeruginosa. Ensaios in vitro revelaram que apenas o isolado Fl2 (Pseudomonas aeruginosa) inibiu totalmente o crescimento de R. solanacearum. Entretanto nos experimentos in vivo com mudas seminais de eucalipto, o isolado 3918 (Bacillus velezensis) reduziu a incidência da doença em 72,37%, enquanto o isolado Fl2 apresentou uma redução de 48,13%, comparados ao controle positivo. Nos ensaios com minicepas clonais, o isolado 3918 também demonstrou maior eficácia, reduzindo a incidência da doença em 87,5%, seguido pelo isolado Fl2, com redução de 62,5%. Os resultados indicam que o uso de rizobactérias, particularmente dos gêneros Bacillus e Pseudomonas, constitui uma estratégia promissora para o manejo integrado da murcha-de-ralstonia em eucalipto.