Mancha anelar
Relevância da doença
A mancha anelar é uma das doenças mais comuns em todos os canaviais do país e de todas as regiões do globo, sendo assinalada em 80 países. Apresenta, no entanto, pequena importância econômica.
Etiologia
Agente etiológico
Leptosphaeria sacchari Breda de Haan, Mededeelingen van het Proefstation voor Suikerriet in West-Java 3: 25 (1892) [MB#230571]
Reino Fungi, Filo Ascomycota, Classe Dothideomycetes, Subclasse Pleosporomycetidae, Ordem Pleosporales, Família Leptosphaeriaceae, Gênero Leptosphaeria, Espécie Leptosphaeria sacchari
Sinônimos
=Leptosphaeria sacchari Speg., Revta Fac. Agron. Vet. Univ. nac. La Plata 2(19): 232 (1896)
=Phyllosticta sorghina Sacc., Michelia 1(no. 2): 140 (1878)
=Phoma sorghina (Sacc.) Boerema, Dorenb. & Kesteren, Persoonia 7(2): 134 (1973)
=Epicoccum sorghinum (Sacc.) Aveskamp, Gruyter & Verkley [as ‘sorghi’], in Aveskamp, Gruyter, Woudenberg, Verkley & Crous, Stud. Mycol. 65: 36 (2010)
=Leptosphaeria sacchari Breda de Haan, Meded. Proefstn SuikRiet W. Java: 25 (1892)
=Eriosphaeria sacchari (Breda de Haan) Went, De Ziektan van het Suikerriet op Java: 217 (1898)
=Leptosphaerella sacchari (Breda de Haan) Teng, Sinensia, Shanghai 9: 224 (1938)
=Phaeosphaeria sacchari (Breda de Haan) Shoemaker & C.E. Babc., Can. J. Bot. 67(5): 1535 (1989)
=Phyllosticta sacchari Speg., Revta Fac. Agron. Univ. nac. La Plata 2(no. 19): 239 (1896)
=Leptosphaeria spegazzinii Sacc. & P. Syd., Syll. fung. (Abellini) 14(1): 570 (1899) var. spegazzinii
=Phyllosticta saccharicola Henn., Ann. Mus. Congo Belge, Bot. Série 5 2(2): 105 (1907)
=Phoma annulata N. Pons [as ‘annullata’], Fitopatol. Venez. 3(2): 38 (1991)
=Phoma glumicola Speg., Revta Mus. La Plata 15(2): 36 (1908)
=Phyllosticta glumicola (Speg.) Hara [as ‘grumicola’], Diseases of the Rice Plant (Japan): 164 (1918)
=Leptosphaeria spegazzinii var. minor Speg., Anal. Mus. nac. B. Aires, Ser. 3 12: 383 (1909)
Hospedeiros
Saccharum officinarum.
Distribuição
O patógeno é amplamente distribuído em todo o mundo.
Características
Sintomatologia
As lesões são inicialmente verde-amarronzadas, de bordas mais escuras, com halo clorótico presente ou ausente e de centro palha.
Morfologia do fungo
O fungo apresenta ascocarpos imersos, globosos, marrom pálido, com o diâmetro variando de 100-140 µm e com um ostíolo papilar saliente. Os ascos são cilíndricos para clavados com o tamanho variando entre 60-72 x 9-13 µm e possuem parede grossa, bitunicada. Os ascósporos são irregularmente elipsóide, com extremidade obtusa, hialinos ou subhialinos, apresentam 3 septos e a segunda célula ligeiramente inchada, com o tamanho variando de 18-25 x 3,5-6 µm. Além disso os ascocarpos apresentam pseudoparáfises filiformes, hialinas e septadas.
Material Herborizado
Vic
Cultura depositada
Coad
Manejo da doença
Como a doença não causa problemas, não é necessário seu controle, exceto nos programas de melhoramento onde variedades muito suscetíveis devem ser eliminadas.
Referências importantes
JOKESHI, H. Doenças da cana-de-açúcar. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L. E. A.; REZENDE. Manual de Fitopatologia: volume 2: Doenças das plantas cultivadas. São Paulo: CERES, 1997.
Mycobank. Disponível em http://www.mycobank.org/BioloMICS.aspx?Link=T&TableKey=14682616000000063&Rec=13969&Fields=All. Acesso em 29/06/2015
Species Fungorum. Disponível em http://www.speciesfungorum.org/GSD/GSDspecies.asp?RecordID=221638. Acesso em 29/06/2015.
Citação
Freitas, G. R. Cana-de-açúcar: Mancha anelar. Atualizado em 01/07/2015.
Agradecimentos
Aos amigos da turma de mestrado em Fitopatologia por todo o companheirismo, ao professor Robert Barreto pelos ensinamentos e ao orientador Davi Mesquita de Macedo por todo auxílio.