Mancha de Ascochyta
Relevância da doença
A mancha de Ascochyta em feijoeiro possui uma importância relevante, o agente causal da doença cuja etiologia ainda não está bem definida, sendo que alguns autores consideram como sendo Phoma exigua var. exigua Desm. (sinônimo de Ascochyta phaseoloru Sacc.). Esse patôgeno tem importancia em regiões frias e úmidas, causando danos consideráveis de manchas em toda a planta. Possui distribuição no Continente Americano, Europa Ocidental, Leste da África e Austrália. No Brasil, tem sido observado nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Etiologia
Agente etiológico
Ascochyta phaseolorum Sacc., Michelia 1 (2): 164 (1878) [MB#154021]
Reino Fungi
Filo Ascomycota
Subfilo Pezizomycotina
Classe Dothideomycetes
Subclasse Pleosporomycetidae
Ordem Pleosporales
Gênero Ascochyta
Espécie Ascochyta phaseolorum
Sinônimos
Obrigatórios
1.Phoma exigua var. exigua [MB#417019]
2.Sphaeria digitalis Fuckel, Hedwigia 3 (11): 162, Fung. Rhen. no 851 (1864) [MB#479414]
3.Phyllosticta alismatis Sacc. & Speg., Michelia 1 (2): 144 (1878) [MB#151704]
4.Phoma solanicola Prill. & Delacr., Bulletin de la Société Mycologique de France 6: 178-181 (1890) [MB#153247]
5.Phoma tuberosa Melhus, Rosenbaum & E.S. Schultz, Journal of Agricultural Research 7: 251 (1916) [MB#228334]
6.Ascochyta hydrangeae M.A. Arnaud & G. Arnaud, Rev. Pathol. Veg. Ent. Agric.: 56 (1924) [MB#267487]
7.Phyllosticta gemmipara Zondag, Tijdschrift over Plantenziekten 35: 106 (1929) [MB#228659]
Facultativos
- Ascochyta hydrangeae M.A. Arnaud & G. Arnaud, Rev. Pathol. Veg. Ent. Agric.: 56 (1924) [MB#267487]
- Phoma exigua var. exigua [MB#417019]
- Phoma solanicola Prill. & Delacr., Bulletin de la Société Mycologique de France 6: 178-181 (1890) [MB#153247]
- Phoma tuberosa Melhus, Rosenbaum & E.S. Schultz, Journal of Agricultural Research 7: 251 (1916) [MB#228334]
- Phyllosticta alismatis Sacc. & Speg., Michelia 1 (2): 144 (1878) [MB#151704]
- Phyllosticta gemmipara Zondag, Tijdschrift over Plantenziekten 35: 106 (1929) [MB#228659]
- Sphaeria digitalis Fuckel, Hedwigia 3 (11): 162, Fung. Rhen. no 851 (1864) [MB#479414]
Hospedeiros
Phaseolus vulgaris L. (Feijão)
Em Canavalia ensiformis, Glicina max, Lablab, Phaseolus acutifolius, P. atropurpureus, P. aureus, P. calcaratus, P. lathyroides, P. limensis, P. lunatus, P. mungo, P. nanus, P. richardianus, P. trilobus , P. vulgaris, Vigna ‘catjang’, V. coerulea, V. sesquipedalis, V. sinensis, V. unguiculata, Voandezia subterranea, Cannabis sativa, Capsicum annuum, Fagopyrum sagittatum, Gossypium spp, Hibiscus esculentus, Lycopersicon esculentum, Malva verticillata, Nicotiana tabacum, Solanum melongena, Vicia sativa.
Distribuição
África (Congo, Etiópia, Quénia, Malawi, Rodésia, Sudão, África do Sul, Tanzânia, Uganda, Zâmbia); Ásia (China, Índia, Japão, Malásia, Bornéu do Norte, Paquistão, Sarawak), Australásia e Oceania (Nova Guiné, Ilhas Salomão.); Europa (Dinamarca, Grã-Bretanha, Checoslováquia, Holanda, Suécia, URSS); América do Norte (EUA); América do Sul (Peru).
Características
Sintomatologia
Manchas em folhas jovens, essas são circulares com cinza para os centros marrons circundadas por uma borda de tecido verde-amarelo claro, no centro da lesão apresenta rachaduras quando o tecido morto que desprende o tecido da folha ficando um tecido escuro com 3-5 cm de diâmetro. Os sintomas são produzidos sobre folhas, hastes e vagens. No interior das lesões observam-se vários pontos escuros que correspondem aos picnídios do fungo.
Morfologia do fungo
Os picnídios imerso no hospedeiro são esférico para subglobose ou deprimido, de coloração mel amarelo, medindo 60-220 μm de diâmetro, parede até 3 células de espessura, pseudoparênquima, mais escuras em volta do ostiolo circular, ligeiramente salientes, que é de 10-20 μm diâmetro. Células conidiógenas hialinos, unicelulares, cilíndrica ou fiálides globosos, medindo 9 x 4-7 μm. Conídios retos ou levemente curvos em uma ou ambas as extremidades, hialinos, com um septo, ápice arredondado ou achatado, base arredondada medindo 13-16,5 x 3,5-5 μm.
Material Herborizado
Cultura depositada
Controle
Não há dados de material resistente, mas existem alguns genótipos de Phaseolus vulgaris originários da Colômbia que mostram algum tipo de resistência. Sempre deve se utilizar sementes limpas, de boa qualidade e quimicamente tratadas com fungicidas apropriados. Aumentar o espaço de semeadura na linha e nas entrelinhas para facilitar a circulação do vento e remover o excesso de umidade.
Referências
http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/!ap_praga_detalhe_cons?p_id_cultura_praga=4287
http://www.mycobank.org/BioloMICS.aspx?Link=T&TableKey=14682616000000063&Rec=13915&Fields=All
Tanaka, M.A.D.S., Ito, M.F., Dudienas, C., Yuki, V.A. Ocorrência e Sintomas da Mancha de Ascochyta em feijão-vagem. Brangantia, Campinas, 55(2):263-268, 1996.
Agradecimentos
Ao Professor Robert pelos ensinamentos adquiridos, a Janaína e Adans que contribuíram para realização deste, aos amigos de turma pelo companheirismo em todos os momentos.