Murcha-de-Fusário
Relevância da doença
A murcha-de-Fusário é de grande importância na cultura de feijão, principalmente em áreas de plantios sucessivos. As perdas geralmente são elevadas quando associadas a cultivares suscetíveis e condições favoráveis. O patógeno ocorre na maioria das áreas onde se cultiva a leguminosa, afetando desde algumas plantas ou chegar a atingir até 80% da área. A infecção, ocorrendo na fase inicial da planta, leva à redução de crescimento e posteriormente a morte.
Etiologia
Agente etiológico
Fusarium oxysporum
Sinônimos
Obrigatórios
1. Fusarium bulbigenum Cooke & Massee, Grevillea 16 (78): 49 (1887) [MB#199976]
2. Fusarium orthoceras Appel & Wollenw., Arbeiten aus der Kaiserlichen Biologischen Anstalt für Land- und Forstwirtschaft 8: 152 (1910) [MB#221977]
3. Fusarium citrinum Wollenw., Bull. Maine Agric. Exp. Sta.: 256 (1913) [MB#194950]
4. Fusarium angustum Sherb., Memoirs of the Cornell University Agricultural Experimental Station 6: 203 (1915) [MB#158669]
5.Fusarium oxysporum var. longius Sherb., Memoirs of the Cornell University Agricultural Experimental Station 6: 223 (1915) [MB#138127]
6.Fusarium lutulatum Sherb., Memoirs of the Cornell University Agricultural Experimental Station 6: 209 (1915) [MB#239320]
7.Fusarium lutulatum var. zonatum Sherb., Memoirs of the Cornell University Agricultural Experimental Station 6: 214 (1915) [MB#139136]
8.Fusarium bostrycoides Wollenw. & Reinking, Phytopathology 15 (3): 166 (1925) [MB#258714]
9.Diplosporium vaginae Nann., Atti Reale Accad. Fisiocrit. Siena: 491 (1926) [MB#281287]
Facultativos
1.Diplosporium vaginae Nann., Atti Reale Accad. Fisiocrit. Siena: 491 (1926) [MB#281287]Fusarium angustum 2.Sherb., Memoirs of the Cornell University Agricultural Experimental Station 6: 203 (1915) [MB#158669]
3.Fusarium bostrycoides Wollenw. & Reinking, Phytopathology 15 (3): 166 (1925) [MB#258714]
4.Fusarium bulbigenum Cooke & Massee, Grevillea 16 (78): 49 (1887) [MB#199976]
5.Fusarium citrinum Wollenw., Bull. Maine Agric. Exp. Sta.: 256 (1913) [MB#194950]
Hospedeiros
Phaseolus vulgaris L. (Fabaceae). Membros da família Malvaceae, Liliaceae, Bromeliaceae, Cactaceae, Fabaceae, Brassicaceae, Solanaceae e Asteraceae.
Distribuição
Este patógeno apresenta raças fisiológicas, tais como as procedentes dos Estados Unidos, Brasil e Colômbia. Em nossas condições foi detectada apenas a brasileira, ainda não foram observadas outras raças. No Brasil foi registrado a ocorrência do patógeno nos seguintes estados: ES, MG, PE, PR, SP, RJ, BA, GO, SC, NE.
Características
Sintomatologia
No campo, observa-se a formação de reboleiras, e quando as plantas são severamente atacadas, elas secam e morrem. O sintoma típico da doença é a murcha e/ou o amarelecimento, iniciando nas regiões baixeiras da planta. A murcha é mais facilmente observada na fase de pré-florescimento ou enchimento de grãos. Posteriormente, as folhas ganham amarelecem, entrando em senescência prematura. O sistema vascular apresenta coloração pardo-avermelhado devido à obstrução e colonização pelo patógeno.
Morfologia do fungo
As colônias apresentam rápido crescimento com micélio aéreo branco, tornando-se geralmente roxo. As características morfológicas podem sofrer influência do ambiente e das condições nutricionais do substrato. Os conidióforos são solteiros, com monofiálides curtas no micélio aéreo, posteriormente dispostos em cachos densamente ramificados. Presença de conídios hialinos na forma de macro, microconídios e formação de clamidósporos terminais ou intercalares. Os macroconídios são ligeiramente curvados apresentando de 3 a 5 septos e célula basal pedicelada. Os microconídios unicelulares são produzidos em abundância.
Material Herborizado
Cultura depositada
Controle
RESISTÊNCIA VARIETAL: As variedades Rio Tabagi, FT-Tarumã, IAPAR-20, IAPAR-31, IAPAR-14, Aporé, Negrito 897, Rico 1735 e Milionário 1732 apresentam resistência ao fungo.
PRÁTICAS CULTURAIS: Para diminuir a quantidade de inóculo e a severidade da doença, recomenda-se a rotação de cultura com plantas não hospedeiras, queima dos restos de cultura quando houver presença do patógeno, utilização de sementes sadias e a não utilização de máquinas e implementos procedentes de áreas infestadas.
Referências
www.mycobank.org/BioloMICS.aspx?Table=Mycobank&Rec=10756&Fields=All
http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/!ap_praga_detalhe_cons?p_id_cultura_praga=4169
Agradecimentos
Ao Professor Robert pelos ensinamentos adquiridos, a Janaína e Adans que contribuíram para realização deste, aos amigos de turma pelo companheirismo em todos os momentos.