Mancha púrpura

Relevância da doença

A mancha púrpura é uma doença severa que causa grandes perdas na produção. As perdas na produção estão na ordem de 50-60%, além das perdas em pós-colheita.

A doença ataca principalmente as partes aéreas da planta, produzindo manchas de cor púrpura nas folhas; também é importante na pós-colheita, causando podridão dos bulbos.

Etiologia

Agente etiológico

Alternaria porri  (Natrass)

Reino Fungi, Filo Ascomycota, Subfilo Pezizomycotina, Classe Dothideomycetes, Subclasse: Pleosporomycetidae, Ordem Pleosporales,  Família Pleosporaceae, Gênero Alternaria

Sinônimos:

Alternaria cichorii Nattrass, A firstlistofCyprusfungi: 29 (1937)

Macrosporium cichorii (Nattrass) Gordenko, Mikologiya i Fitopatologiya: 241 (1975) [MB#317103]

Fase teleomórfica corresponde a A. tenuis Nees.

Torula alternata Fr. 1832

Macrosporium erumpens Cooke 1883

Alternaria erumpens (Cooke) P. Joly 1964

Macrosporium meliloti Peck 1880

Macrosporium polytrichi Peck 1890

Macrosporium seguierii Allesch. 1894

Hospedeiros

 Alternaria porri é comum em hospedeiras aliáceas, mas também pode atacar espécies de outras famílias, como Asparagaceae, Asteraceae, Convolvulaceae, Malvaceae, Solanaceae e Umbelliferae.

Distribuição

Essa é uma doença de distribuição mundial, com maior severidade nas zonas de clima quente e úmido. Encontra-se generalizada em todas as regiões produtoras de alho e cebola, desde a Região Nordeste até o centro-sul.

Características

Sintomas

Os sintomas típicos da doença se caracterizam por manchas púrpuras nas folhas e hastes florais, com o ápice das folhas seco e enrolado.

FOLHAS: Os sintomas iniciais são manchas brancas, aquosas, de 2-3 mm de diâmetro, que evoluem rapidamente para formar uma mancha com o centro marrom, círculos concêntricos e uma borda púrpura rodeada por um halo amarelado. As manchas aumentam de tamanho até coalescer e circundar a folha, e o extremo apical morto seca e enrola-se.

Morfologia do fungo

 Conidióforos são robustos, 5 na base e alargando ligeiramente em direção ao ápice conidiogênese. Conidióforos primárias têm geralmente comprimentos 10-100 . Eles freqüentemente ramificar ou proliferar de forma geniculate próximo ao ápice, produzindo aglomerados terminais de 4-5 conídios.

Conídios juvenis iniciam a formação de bico em um estágio muito precoce, muitas vezes, quando o corpo de esporostem 15 x 10 mm e tem apenas uma ou duas células. Os corpos de conídios com vários bicos são, em geral, ligeiramente mais curto e mais largo do que aqueles com um único bico. Bicos individuais de uma ramificação ou sistema múltiplo geralmente são mais curtos do que aqueles que se desenvolvem sem ramificação, normalmente em um comprimento variando de120-175. Formação de cadeia não é uma condição de destaque;conídios maduro às vezes produz um conidióforo secundário lateralmente a partir de uma célula do corpo.

A formação da parede interna é quase inteiramente distoseptate em conídiosjovens. Conídios maduros têm 7-12 distoseptos transversais, com eusepta inserido através de três ou quatro destes no conídios mais velhos . Septos longitudinal não são produzidos em abundância em condições de placa de cultura; Cor de conídios é um amarelo pálido; a parede exterior é lisa.

Material Herborizado

VIC

Cultura depositada

COAD

Agradecimentos

Aos amigos da turma de mestrado pelas contribuições durante o desenvolvimento do trabalho, aos amigos e funcionários do Departamento de Fitopatologia pelo auxílio, aos funcionários da clinica de doenças de plantas (UFV), ao professor Robert pelo aprendizado e ao Davi Damasceno pela orientação durante o desenvolvimento do trabalho.

Citação

FERREIRA B. W. Mancha púrpura (Alternaria porri). Atualizado em 01/07/2015

BARBOSA,R.T. Mancha de Alternaria (Alternaria alternata.): Doença foliar do Algodoeiro Biblioteca de imagens.

Controle

Recomendações de controle não químico para a doença:

O uso de variedades resistentes é a medida mais eficiente no controle da doença.

Em campos com histórico de incidência de A. porri, recomenda-se fazer rotação de cultura com espécies não-hospedeiras. Retirar os restos culturais do campo e queimá-los, ou fazer aração profunda para enterrá-los. Irrigar apenas quando necessário e evitar a irrigação por aspersão.Aplicar fungicidas preventivos periodicamente.

 

Recomendações de controle químico:

Além das praticas culturais , pode fazer uso do controle químico , onde o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento  (MAPA), tem produtos registrados para o controle de mancha de alternaria , dentre os produtos tem os sistêmico e os de contatos que são eficientes no controle.  Onde e deve seguir as indicações de uso do produtos.

Referências importantes

KUROZAWA, C.; PAVAN, M.A. Doenças das cucurbitáceas. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; BERGAMNI FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A.; REZENDE, J.A.M. (Eds.). Manual de Fitopatologia, Volume 2: Doenças das plantas cultivadas. São Paulo: CERES, 1997. p.41-56.

http://mycobank.org. Acesso em :14/06/2015

Embrapa- Disponível: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br. Acesso em :14/06/2015

http://nt.arsgrin.gov/fungaldatabases/fungushost/FungusHost.cfm .Acesso em :14/06/2015

MAPA(Agrofit)-Disponivel : http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons). Acesso em :14/06/2015