Mancha de Ascochyta
Relevância da doença
A mancha de ascochyta da ervilha é uma doença que pode causar sérios problemas nas regiões com invernos chuvosos.
Etiologia
Agente etiológico
Ascochyta pisi Lib., Plantae Cryptogamae, quas in Arduenna collegit Fasc. 1: 12 (1830)
Reino Fungi,
Filo Ascomycota,
Subfilo Pezizomycotina,
Classe Dothideomycetes,
Subclasse Pleosporomycetidae,
Ordem Pleosporales,
Gênero Ascochyta
Espécie Ascochyta pisi
Sinônimos
Obrigatórios:
Ascospora pisi (Lib.) Fuckel, Jahrbücher des Nassauischen Vereins für Naturkunde 23-24: 94 (1870)
Septoria leguminum var. pisorum (Lib.) Desm., Annales des Sciences Naturelles Botanique 19: 344 (1843
Teleomorfo:
Didymella pisi M.I. Chilvers, J.D. Rogers & T.L. Peever, Mycological Research 113 (3): 396 (2009)
Hospedeiros
Pisum sativum (Ervilha) e outros membros da família Leguminosae
Distribuição
Mancha de Ascochyta tem ampla distribuição mundial, existem registros de incidência da doença no Canadá, China, Estados Unidos e Tasmânia. No Brasil, existem registros de incidência nos estados do Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Características
Sintomatologia
Ascochyta pisi causa lesões principalmente na folha e vagem, algumas vezes na haste e raramente nas raízes. Nas folhas, as manchas são arredondadas ou irregulares, de aspecto zonado, medindo de dois a cinco milímetros de diâmetro, de coloração cinzento-escura no centro e margens castanho-escuras, indefinidas. Tais manchas são isoladas, podendo tomar-se confluentes, e apresentam pontuações pretas que representam os picnídios do fungo. Nas hastes, as manchas são de coloração púrpura e deprimidas, localizando-se principalmente na região do nó. Se a infecção ocorrer em vagens novas, há formação de cancros escuros, que podem atingir as sementes. Em vagens mais velhas, não há formação dessas depressões nas manchas, mas nota-se o aparecimento dos picnídios.
Morfologia do fungo
O fungo produz picnídio globosos, de coloração marrom, imersos em folhas e vagens tornando-se posteriormente erumpente. Os picnídios possuem abertura (ostíolo com abertura 100-200 mm de diâmetro). Os conídios são hialinos, linear ou ligeiramente curvado, septados, pouco cilíndrico com extremidades arredondadas (10-16 x 3-4,5 um).
Material Herborizado
VIC
Cultura depositada
COAD
Manejo da doença
A principal medida de controle é a utilização de sementes sadias produzidas em locais isentos da doença. Deve-se também realizar rotação de culturas com gramíneas, eliminar restos culturais, evitar o plantio em regiões com inverno chuvoso ou com solos mal drenados e os excessos de irrigação. Se necessário realizar pulverizações com fungicidas protetores ou sistêmicos, ou a combinação de ambos. (Consultar Agrofit)
Referências importantes
MAPA (Agrofit)- Disponível em: <http://extranet.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons>. Acesso em: 21/06/2015.
Mycobank – Disponivel em:<http://www.mycobank.org/BioloMICS.aspx?Link=T&TableKey=14682616000000063&Rec=14305&Fields=All>. Acessado em: 21/06/2015
Manual de Fitopatologia. Vol. 2. Doenças das Plantas Cultivadas. 4ª. Ed. São Paulo SP. Ceres. 2005.
Agradecimentos
Aos amigos da turma de mestrado pelas contribuições durante a execução do trabalho, aos amigos e funcionários do Departamento de Fitopatologia pelo auxílio, à Janaína e Adans pelos ensinamentos.