Oídio das cucurbitáceas

Relevância da doença

É uma das principais doenças foliares que incide sobre a cultura do pepino e das demais cucurbitáceas no Brasil e no mundo. Sua ocorrência é predominante em locais com altas temperaturas e baixa umidade, ou sob cultivo protegido. Sua infecção sobre as plantas causa uma redução no rendimento da cultura pela diminuição do tamanho e número dos frutos, e também pela redução do período produtivo das plantas (KUROZAWA, C.; PAVAN, A., 1997; REIS, A.; BUSO, J.A., 2004; REIS, 2007).

Etiologia

Oidium sp.

Reino Fungi, Filo Ascomycota, Classe Leotiomycetes, Ordem Erysiphales, Família Erysiphaceae.

Sinônimos

Oidium erysiphoides Fr.

Acrosporium erysiphoides (Fr.) Subram.

Alphitomorpha fuliginea Schltdl.

Erysiphe fuliginea (Schltdl.) Fr.

Euoidium erysiphoides (Fr.) Y.S. Paul & J.N. Kapoor

Sphaerotheca fuliginea var. fuliginea

Hospedeiros

Todas as cucurbitáceas, cultivadas ou selvagens, são suscetíveis.

Distribuição

Este fungo tem ocorrência mundial (REIS, 2007).

Características

Sintomas

Os sintomas inicias desta doença são representada por um crescimento branco pulverulento, constituído de micélio, conidióforos e conídios do fungo, visualizado sobre a parte superior das folhas. Com o passar do tempo, as áreas afetadas aumentaram em número e tamanho podendo tomar toda a extensão da folha. Na ausência de controle, as folhas severamente atacadas secam e a planta entra em senescência, encurtando o seu período produtivo (KUROZAWA, C.; PAVAN, A., 1997; REIS, 2007).

Morfologia do fungo

No Brasil ocorre apenas a forma imperfeita (Oidium sp). Os conídios têm formato de barril, são unicelulares, hialinos, produzidos em cadeia sobre conidióforos curtos não ramificados. Os conídios são facilmente disseminados pelo vento e, mesmo em condições de baixa umidade, podem germinar. Chuvas pesadas são prejudiciais ao fungo, porque além de lavaremos conídios, danificam conidióforos e micélio (KUROZAWA, C.; PAVAN, A., 1997).

São conhecidos pelo menos seis agentes causais do oídio em cucurbitáceas, mas as espécies Erysiphe cichoracearum e Sphaerotheca fuliginea parecem ser as mais frequentes e importantes. Porém a espécie S. fuliginea, representando a fase sexual de oídio, é o agente causal predominante em climas tropicais (REIS, 2007).

Manejo da doença

A escolha de cultivares resistentes ou tolerantes é a primeira etapa para o manejo desta doença. Recomenda-se também a aplicação de fungicidas de contato à base de enxofre, que podem resultar em um bom controle da doença, mais os sistêmicos (benzimidazóis, pirazofós, etc.) são mais eficientes (KUROZAWA, C.; PAVAN, A., 1997; TERÃO et al., 2010).

Material herborizado

VIC

Cultura depositada

COAD

Agradecimentos

Aos colegas de mestrado por todo o auxílio prestado na coleta de material, realização das lâminas e na obtenção das fotos. Ao orientador e padrinho deste trabalho, Danilo Pinho. Ao professor Robert Barreto pela iniciativa da realização deste trabalho e pelos conselhos. Ao professor Emerson Medeiros Del Ponte por desenvolver o website.

Referências importantes

REIS, A.; BUSO, J.A. Levantamento preliminar de raças de Sphaerotheca fuliginea no Brasil. Horticultura Brasileira, vol.22 nº 3. Brasília, 2004.

REIS, Ailton. Oídio das Cucurbitáceas. Comunicado Técnico 42. Brasília, DF. Dezembro, 2007.

KUROZAWA, C.; PAVAN, A. Doenças cucurbitáceas. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L. E. A.; REZENDE. Manual de Fitopatologia: volume 2: Doenças das plantas cultivadas. São Paulo: CERES, 1997.

Citação

DUFFECK, M.R. Oídio das Cucurbitáceas (Oidium sp.). Atualizado em 26/06/2015.