Mancha foliar de cercospora
Relevância da doença
A mancha-de-Cercospora ou cercosporiose está associada a duas espécies de Cercospora: C. malayensis J.A. Stev. etSolheim e C. hibiscina Ellis et Everh. Esta é uma doença muito comum na cultura do quiabo, porém é considerada secundária por causar danos muito leves. A doença se caracteriza pelas manchas irregulares nas folhas. Das duas espécies de Cercospora envolvidas na doença, C. malayensis é menos agressiva, causando manchas escuras nas folhas, e C. hibiscina é mais agressiva e causa manchas irregulares maiores
Etiologia
Agente etiológico
Cercospora hibiscina (Ellis &Everh.)
Fungi, Ascomycota, Pezizomycotina, Dothideomycetes, Dothideomycetidae, Capnodiales, Mycosphaerellaceae, Cercospora
Sinônimos:
Pseudocercospora hibiscina (Ellis &Everh.) Y.L. Guo& X.J. Liu, Mycosystema 2: 235 (1989) [MB#126484]
Hospedeiros
Hibiscus cannabinus L. (H. asperaHook.), H. tiliaceus L.
Distribuição
Vários países no mundo registraram a ocorrência de P. abelmoschi como na Jamaica e África do Sul, porém, o gênero é comumente encontrado no Brasil, sendo o país de maior ocorrência, podendo aparecer em todos os estados do país, principalmente no Sul de Goiás (Farr&Rossman, 2011).
Características
Sintomas
O sintoma característico da doença são manchas escuras e irregulares nas folhas. O sintoma causado por C. malayensis são manchas foliares escuras, arredondadas, com os bordos avermelhados; as lesões causadas por C. hibiscina são irregulares e maiores que as provocadas por C. malayensis.
Morfologia do fungo
Sem estromas ; não fasciculado, com 2-5 no fascículo; conidióforos marrom escuro, por vezes, mais pálido em direção à ponta, claramente multiseptado, não ou raramente geniculado, com moderada ramificação, direto para muito curvado, 3-4.5 x 150-1000 m; conídios obelavate para cilíndrico, hialinas a castanho claro olivaceous, 2-7, na sua maioria 3 septate, base obconic, ponta subaguda a subobtuse,3-5 x 20-80 .
Material Herborizado
VIC
Cultura depositada
COAD
Citação
FERREIRA B.W. Mancha foliar de cercospora (Cercospora hibiscina). Atualizado em : 01/07/2015
Manejo da doença
Recomendações de controle não químico para a doença:
Não há referências sobre variedades ou cultivares de quiabo com algum tipo de resistência à cercosporiose.
Mesmo que a transmissão pela semente seja pouco provável, é conveniente tratar as sementes com fungicidas protetores para garantir a ausência deste ou qualquer outro patógeno. Os restos de cultura devem ser retirados das lavouras e queimados para reduzir o potencial de inóculo do patógeno. Em caso de epidemias severas, deve-se realizar rotação de cultivo com uma espécie não-hospedeira por um período de 1-2 anos.
Recomendações de controle químico:
O uso de fungicidas protetores, aplicados quinzenalmente, promove boa proteção da lavoura.
Agradecimentos
Aos amigos da turma de mestrado pelas contribuições durante o desenvolvimento do trabalho, aos amigos e funcionários do Departamento de Fitopatologia pelo auxílio, aos funcionários da clinica de doenças de plantas (UFV), ao professor Robert pelo aprendizado e ao Janaina Lana pela orientação durante o desenvolvimento do trabalho.
Referências importantes
Embrapa- Disponível: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br, acessado 09/06/2015
http://nt.arsgrin.gov/fungaldatabases/fungushost/FungusHost.cfm
MAPA(Agrofit)-Disponivel : http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons), acessado 14/06/2015.