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Doutoranda: Andressa Rodrigues Fonseca. Data: 23/06/2020, às 16:00 horas pelo canal do YouTube (pos.fitopatologia UFV) Link: https://www.youtube.com/channel/UCCZZh5mUepI3YHAYxBuU7qw. Orientadora: Dalila Sêni Buonicontro.

Animais que geram descendentes na ausência de divisão meiótica possuem estreita variabilidade genética, sendo considerados maus competidores e evolutivamente tendem a se tornarem extintos. No entanto, há organismos que contrariam essa tendência, como é o caso de algumas espécies de nematoides das galhas (Meloidogyne spp.). Esse grupo de fitonematoides, com destaque para M. incognita, está entre as maiores ameaças à segurança alimentar global dada as suas plasticidades genômica e fenotípica que resultam em ampla distribuição geográfica, adaptação às mais diversas condições edafoclimáticas e hospedeiros variados. Por isso, o sucesso parasítico de M. incognita, que possui reprodução clonal obrigatória, é apontado como um paradoxo evolutivo em relação às teorias atuais sobre os benefícios da reprodução assexual. Atualmente os dados genômicos disponíveis sugerem que a origem híbrida e a variação no número de cópias de genes mediando a interação com o hospedeiro estão relacionadas com a maior plasticidade fenotípica observada nesse grupo de fitonematoides. Nesse sentido, o seminário abordará as estratégias utilizadas por M. incognita para gerar variabilidade e explicar o seu sucesso parasítico na ausência de reprodução sexual. A descoberta de um genoma poliploide associado a eventos de conversão de genes trouxe novas informações para a discussão sobre esse paradoxo evolutivo. A diferença na abundância de elementos transponíveis entre espécies sexuais e assexuais, além da capacidade desses elementos de desativar um gene em M. javanica, alterando o fenótipo de uma população avirulenta para virulenta, podem ser parte de um mecanismo molecular que os nematoides das galhas assexuais usam para gerar diversidade genética. Por fim, conhecendo as características que putativamente garantem a plasticidade genômica e fenotípica, esse seminário concluirá se estamos perto ou longe de desvendar esse paradoxo evolutivo.