Prelecionista: Fábio Alex Custódio
Orientador: Olinto Liparini Pereira
Data, horário e local: 28/11/23, às 17h, anfiteatro do ESB.
Orientador: Olinto Liparini Pereira
Data, horário e local: 28/11/23, às 17h, anfiteatro do ESB.
Resumo: A banana é uma fruta que desempenha um papel crucial na segurança alimentar global, pois é uma fonte significativa de calorias, nutrientes essenciais, como potássio, vitaminas e fibras. Sua acessibilidade e popularidade a torna uma importante fonte de alimento para milhões de pessoas em todo o mundo, sendo considerada a fruta mais consumida mundialmente. O Brasil é o quarto mais produtor de bananas do mundo. No entanto, sua produção é ameaçada pelo complexo de doenças Sigatoka, para o qual medidas de controle alternativas e sustentáveis são necessárias. Neste seminário, serão apresentados os resultados parciais de um estudo pioneiro sobre diversidade e taxonomia de fungos micoparasitas de ocorrência natural em Pseudocercospora fijiensis e P. musae no Brasil, e o potencial desses fungos como agentes de biocontrole do complexo Sigatoka. No primeiro capítulo, é realizado um estudo da taxonomia e sistemática para identificar um fungo micoparasita de Pseudocercospora fijiensis. O micoparasita encontrado possui baixa similaridade de sequência com sequências de fungos previamente descritos na literatura. Para a identificação, foram utilizados dados morfológicos e análises filogenéticas multigênicas. No segundo capítulo, foi realizado um estudo taxonômico de fungos pertencentes à família Cordycipitaceae (Hypocreales). Nesse estudo, foram identificados micoparasitas de P. fijiensis e P. musae com base em caracteres moleculares e morfológicos. Foram identificadas espécies do gênero Simplicillium, incluindo a descrição de uma nova espécie. Nesse capítulo, também foi identificada uma nova linhagem de fungos dentro da família Cordycipitaceae. No terceiro capítulo, foi avaliado o potencial de fungos micoparasitas de P. fijiensis e P. musae como agentes de biocontrole da Sigatoka amarela em campo. Para os ensaios, foram utilizados micoparasitas classificados em diferentes famílias da ordem Hypocreales. O ensaio consistiu em pulverizações periódicas de suspensões de conídios em plantas com sintomas da doença no campo. Cada fungo micoparasita utilizado foi considerado um tratamento. Um fungo micoparasita reduziu o índice de severidade da Sigatoka amarela em 52.21%, e a severidade na 5ª folha totalmente expandida em 90,62%. Os resultados obtidos neste trabalho fornecem informações relevantes sobre fungos micoparasitas, taxonomia de fungos da ordem Hypocreales, e medidas de biocontrole do complexo Sigatoka na bananeira.