Dois doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia são os autores das fotos vencedoras da terceira edição do concurso de fotografia do Grupo de Estudos Avançados em Fitopatologia (Geafip) . Izabel Cristina Alves Batista venceu a categoria “Imagens produzidas por instrumentos ópticos” com a foto “The destroyer”, que mostra esporângios de Phytophthora sojae , agente causador da podridão da haste e da raiz da soja. Lucas Antonio Stempkowski venceu na categoria “Imagens produzidas por câmeras fotográficas” com a fotografia: “Sintomas do wheat stripe mosaic virus”, produzido no campo Experimental da Embrapa Trigo , em Passo Fundo (RS).
O registro de Izabel foi feito durante sua rotina de trabalho no Laboratório de Biologia de Populações de Fitopatógenos (Biopop) , no campus da UFV. Depois de se dedicar, no período do mestrado, ao estudo de Fusarium oxysporum f.sp. cubense, Izabel agora trabalha com oomicetos. Na foto, estão registrados esporângios de Phytophthora sojae, fotografados em microscópio durante os trabalhos de caracterização morfológica. “Eu não tenho formação de fotógrafa, mas tenho estado atento às fotos e penso, que, às vezes, um pouco de cuidado faz o resultado (visual) ser muito melhor. imagens boas para representar nosso trabalho”, avalia ela.
Lucas estuda o Wheat stripe mosaic virus desde o final de sua adesão, em Agronomia, e fez o registro vencedor enquanto realizava sua pesquisa de mestrado, pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) . A parte prática do trabalho foi realizada no Campo Experimental da Embrapa, onde ele costumava fotografar diversas cultivares. “Essa doença tem sintomas diferentes conforme o cultivar, e eu sempre achei a planta linda quanto infectada. Os produtores não gostam de ver isso, claro, mas, pra mim, parecia uma planta ornamental, de tão bonita e interessante.”
O concurso “A fitopatologia em diferentes ângulos” decorreu dentro da programação do XI Simpósio sobre Atualidades em Fitopatologia . As fotos foram escolhidas por uma comissão julgadora, composta por representantes da fitopatologia, da fotografia e da comunicação. Os recebidos o prêmio de R$ 150 e um certificado.