O doutorando João Paulo Herrera da Silva , do Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia, apresentou no final de setembro, no International Symposium on ssDNA Viruses (IS3DV), na França, os resultados parciais de seus estudos acerca da dinâmica temporal de potências de begomovírus . O trabalho ” Long-term dynamics of a begomovirus community in the natural environment” é assinado ainda pelo orientador de João Paulo, professor Murilo Zerbini, e pelos pesquisadores César Xavier, Phedra Oliveira, Márcio Godinho e Alison Lima .
“É um trabalho que eu comecei na graduação, depois segui no mestrado e agora no doutorado. Em Montpellier, fiz uma apresentação oral, durante a sessão ” Mutation, Recombination and Evolution” , conta o estudante.
“O trabalho que o João vem conduzindo a características absolutamente inéditas, pois é a primeira vez que uma população de begomovírus é monitorada no ambiente natural (ou seja, livre de intervenção humana) ao longo de vários anos (11 até agora). Assim, pela primeira vez, será possível compreender a forma como intelectuais evoluem”, explica o professor Zerbini, que também esteve presente no congresso.
Essa foi a primeira participação de João Paulo em um congresso presencial fora do Brasil. A oportunidade do encontro com o pesquisador de todo o mundo foi comemorada também pelo professor Zerbini. “O simpósio reúne praticamente toda a comunidade internacional que trabalha com geminivírus. Assim, é uma oportunidade única de encontrar os colegas e trocar informações sobre os nossos trabalhos e os trabalhos que eles vêm conduzindo. Para o meu grupo de pesquisa, que trabalha exclusivamente com a ecologia e evolução de geminivírus, não existe evento mais relevante e proveitoso.”
“Foi uma experiência muito boa. Fui bem recebido, o pessoal gostou bastante do trabalho, e tivemos discussões bastante interessantes, muitos insights, muitas sugestões. Ainda tenho muito trabalho pela frente e a oportunidade de apresentar o trabalho traz perspectivas muito positivas”, avalia João , que pretende defender sua tese no primeiro semestre de 2024. A espera dos investigadores é continuar coletando dados até o próximo ano e proceder, então, à etapa de análise dos dados, considerando especialmente as várias sugestões recebidas durante o simpósio.