Na última sessão de seminários de 2022, seis minisseminários serão proferidos pelos estudantes inscritos como ouvintes na disciplina FIP 797. Para esta atividade, os estudantes foram instruídos a selecionar um artigo de revisão na Annual Review of Phytopathology para servir como base para uma apresentação concisa, com duração de 10-12 minutos.
A sessão especial é aberta a todos os interessados e acontece nesta terça, dia 13 de dezembro, às 16h, no anfiteatro ESB
Abaixo, estão os resumos dos seminários:
Grupo 1 – Isabela, Leonardo, Maiara, Maik, Marcos José Adaptação
de patógenos ao xilema
escassez de nutrientes. No entanto, algumas bactérias podem modificar esse nicho por meio da agregação de sinalizadoras para aumentar as concentrações desses nutrientes. A dificuldade de desenvolver métodos de controle eficazes nesse desafio soluções inovadoras, portanto é necessário estabelecer um modelo de sistema que ajude a decifrar a biologia dos patógenos no xilema e desenvolver ferramentas como biossensores para monitorar mudanças químicas nesse tecido vascular em tempo real sem perturbar as plantas .Compreender a base da adaptação do xilema é de extrema importância para controlar esses patógenos devastadores.
Grupo 2 – Gabriel Ferreira, Ílari, Marcelo, Nívia
Por dentro do inimigo: os endossimbiontes de fitonematoides
Os endossimbiontes, organismos que vivem no interior do corpo ou células de outro organismo, exercem um papel importante em diversos ecossistemas. Alguns gêneros de fitonematoides importantes para a agricultura, como Pratylenchus, Xiphinema e Globodera, abrigam endossimbiontes, os quais pertencem, principalmente, às culturas dos gêneros Cardinium, Xiphinematobacter e Wolbachia. Com o advento da era genômica, a diversidade e importância desses endossimbiontes passou a ser mais investigada.Assim, inferências de dados genômicos permitirão sugerir a ocorrência de uma possível troca gênica horizontal em Cardinium, o papel mutualista de Xiphinematobacter na suplementação de aminoácidos do hospedeiro e, por fim, o potencial de captação de ferro (heme) e homeostase do ferro como funções centro da Wolbachia.
Grupo 3 – Caio, Daniel Yuri, Francisco, Gabriel Alves, Nikolas
Tolerância, uma segunda via para a defesa de plantas
Entender como as plantas se defendem de patógenos é um objetivo comum entre os fitopatologistas. Sabe-se que as duas principais formas de defesa da planta são a resistência e a tolerância. Estudos sugerem que a tolerância de plantas a patógenos é um mecanismo de defesa tão efetivo e distribuído quanto a resistência, e que pode ter papel importante no manejo de doenças. Na fitopatologia, o conceito de tolerância foi proposto há mais de cem anos e desde então evolui constantemente. Em conjunto, o conhecimento de diferentes recursos relacionados a esse mecanismo tem avançado.Neste seminário, será discutida a definição de tolerância, a terapia comumente relacionada ao fenômeno e como a tolerância pode modular a coevolução entre plantas e seus patógenos.
Grupo 4 – Danilo, José Neto, Renata, Vítor
Bactérias endossimbiontes em fungos
A endossimbiose é uma relação ecológica que ocorre quando um organismo vive no interior do outro. Alguns organismos endossimbiontes são transmitidos entre gerações de hospedeiros, conhecido como simbiose hereditária, uma novidade evolutiva. Recentemente, estudos mostraram que esse evento pode ser encontrado em associação formada por fungos do filo Mucoromycota com bactérias endossimbiontes das classes Betaproteobacteria e Mollicutes. Nesse sentido, essa simbiose demonstra novos tipos de interações hospedeiro-simbionte, alimentando modelos teóricos que descrevem mecanismos que estabilizam simbioses hereditárias, controlam a taxa de evolução molecular e permitem o estabelecimento de mutualismos.
Grupo 5 – Ana Carolina, Dyênci, Edrielle, Henara, Kássio
Cloroplasto: de figurante a protagonista
Os estudos sobre sistema de defesa das plantas, até alguns anos, focavam principalmente nas interações que acontecem no núcleo e na membrana plasmática. Enquanto os cloroplastos, que têm papel fundamental, eram subestimados na elaboração de uma variedade de respostas imunes de plantas. A fotossíntese e o metabolismo primário são funções centrais dos cloroplastos, no entanto, também são capazes de integrar, decodificar e responder a sinais ambientais por meio de reprogramação complexa da síntese de metabólitos primários e secundários, equilibrando a conversa cruzada de fitohormônios e a comunicação intracelular via sinalização retrógrada associada ao cloroplasto. Essa organela é alvo direto e indireto de patógenos, e compreender essa interação e funcionalidade pode clarear caminhos para novas abordagens dentro da fitopatologia.
Grupo 6 – Arlam, Débora, Lila, Monalisa, Osmar
Doenças em populações de plantas invasoras
As plantas invasoras podem ser introduzidas em áreas naturais intencional ou acidentalmente. Seu estabelecimento pode alterar a biodiversidade e as funções do ecossistema. Embora experimentem período relativamente livre de doenças após sua introdução, com o tempo podem acumular fitopatógenos e atuar como importantes reservatórios para as culturas agrícolas. Entretanto, as doenças de plantas invasoras são pouco estudadas comparadas às plantas cultivadas. A compreensão das diferenças percebidas nos impactos das doenças e epidemias em populações de plantas cultivadas e invasoras requer o entendimento de processos ecológicos e evolutivos. Assim, pode-se manejar as doenças eficientemente e proteger os cultivos de interesse econômico.