O professor Emerson Del Ponte, orientador do Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia, presidiu o 13th International Epidemiology Workshop (IEW13), promovido pela Sociedade Internacional de Fitopatologia (ISPP) em Foz do Iguaçu. Essa é a segunda vez que o evento, que tem apoio da Sociedade Brasileira de Fitopatologia (SBF), acontece no Brasil. Os professores Eduardo Mizubuti e Franklin Machado e os estudantes Monalisa De Col, Ricardo Tomaz, Maiara Freitas, Maik dos Santos, e Gabriel Paiva, todos vinculados ao PPG, também estiveram presentes.
“Este é um evento que existe desde 1963. Participei pela primeira vez na Noruega, em 2018. Estando lá, me candidatei pra trazer pro Brasil. Havia mais professores brasileiros presentes, e fizemos uma comissão, e nossa candidatura foi aprovada. A ideia era que fosse em 2022, mas, por causa da Covid, adiamos por dois anos”, conta Emerson, que trabalhou intensamente nos últimos 12 meses com a comissão formada pelos professores Louise Larissa May de Mio, da UFPR, Armando Bergamin e Lilian Amorim, da ESALQ/USP, e Eduardo Mizubuti, do PPG Fitopatologia. “O resultado foi excelente. Tivemos um recorde de público, e o fato de ter sido em Foz do Iguaçu agregou muito. E academicamente, foi muito bem recebido, o pessoal gostou muito.”
Estavam presentes 115 participantes de 24 países – o maior grupo foi o do Brasil, com 47 participantes, seguido dos Estados Unidos, com 36 participantes. Foram quatro dias de evento, com apresentação de 43 trabalhos em plenária e 60 pôsteres, com temas diversos em torno do manejo de doenças de plantas, com destaques para abordagens de vanguarda, como sensoriamento remoto, inteligência artificial, ciência de dados, mudanças climáticas e resistência a fungicidas.
“Se eu tivesse que descrever o IEW13 em uma palavra, seria ‘extraordinário’. O evento contou com grandes nomes da epidemiologia, como Larry Madden, e fiquei muito feliz por conhecer grandes referências da área”, conta a doutoranda Monalisa De Col, destacando a oportunidade de estabelecer conexões com profissionais de todo o mundo. “Outro ponto que eu acho importante destacar é a grande visibilidade que os pesquisadores brasileiros têm, o que me deixa muito entusiasmada e otimista. Pra mim, o IEW13 não apenas ampliou horizontes acadêmicos, mas também fortaleceu os laços colaborativos na comunidade global da epidemiologia de plantas.”
Segundo Emerson, o IEW13 é o primeiro de uma série de três eventos internacionais apoiados pela atual diretoria da Sociedade Brasileira de Fitopatologia. A intenção é, principalmente, fortalecer o papel do Brasil no cenário global da ciência, buscando ampliar a visibilidade da pesquisa brasileira na área e fomentar a troca de conhecimentos e experiências entre especialistas internacionais e a comunidade científica local.