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Doutorando: Eduardo Granados Brenes. Data: 26/01/2021, às 17:00 horas pelo canal do YouTube (pos.fitopatologia UFV) Link: https://www.youtube.com/channel/UCCZZh5mUepI3YHAYxBuU7qw. Orientador: Laércio Zambolim.

Raça é um conceito que obedece a diversos parâmetros, para classificar diferentes populações de uma mesma espécie biológica, de acordo com suas características genéticas ou fenotípicas. Poderia-se dizer também que raças são populações mendelianas geneticamente distintas, que são constituídas de indivíduos que diferem geneticamente entre si. O conceito de raça patogênica de fitopatógenos é baseada na reação de hipersensibilidade da teoria gene-a-gene de H. H. Flor, em que o gene dominante para avirulência não infecta a planta hospedeira que é portadora do gene dominante para resistência. Desde o século XIX a identificação de raças fisiológicas, baseia-se na reação diferencial entre patógeno-hospedeiro diferenciadores.  A condição fundamental para diferenciação de populações de patógenos na natureza em raças é a existência de uma série de plantas genotipicamente diferentes, em que cada uma deve possuir pelo menos um gene dominante para resistência. Entretanto em diversas interações patógeno-hospedeiro tem havido dificuldade de classificar os organismos fitopatogênicos em raças. Há exemplos em fungos biotróficos como as ferrugens (H. vastatrix) e em patógenos necrotróficos Colletotrichum lindemuthianum. Em se tratando da ferrugem da soja (P. pachyrhizi), o conceito de raças em populações oriundas do campo não se aplica, pela inexistência de série diferenciadora. Recentes estudos na interação do patosistema Coffea-Hemileia tem sido demostrado que a serie diferenciadora de raças propostas pelo Centro Internacional da Ferrugem do Cafeeiro (CIFC) para a caraterização de isolados no campo, não está tendo mas eficiência. Estudos moleculares tornam-se necessários para identificar se as diferenciadoras possuem genes adicionais de resistência. Recentemente foi caracterizado por via molecular os genes SH10 e SH11 em algumas diferenciadoras de H. vastatrix. No patosistema Coffea-Hemileia não se tem conhecimento de sequencias do genoma das raças e nem dos patótipos e nem há até o presente análises comparativas do genoma intra-espécie das raças. Para o patossistema Puccinia triticina-trigo, as raças foram subdivididas em patótipos que foram diferenciados com base nos tipos de infecção, em um conjunto de diferenciadoras. Para que a diferenciação em patótipos fosse possível foi necessário adicionar diferenciadoras suplementares na série diferenciadora. A designação de patótipo, que se origina por meio de mutação, heterocariose e parassexualidade, de uma população indiana de P. triticina foi empregada para distinguir as variantes presentes na raça 77.  Portanto, torna-se muito importante entender os mecanismos moleculares de virulência e variação dentro das raças, e desvendar a base molecular da sua evolução. Pretende-se nesse seminário mostrar que a estrutura e a organização do genoma pode constituir na base molecular da variação e patogenicidade de P. triticina.