A estudante de doutorado Maíra Rodrigues Duffeck, do programa de Pós-Graduação em Fitopatologia da UFV, participou, na última sexta-feira (14), do I. E. Melhus Symposium, que ocorre todos os anos durante o congresso da American Phytopathological Society. Ela é a primeira estudante vinculada a um programa de pós-graduação no Brasil a ser selecionada para o evento, que, este ano, foi totalmente on-line, em função da pandemia de Covid-19. Maíra é orientada do professor Emerson Del Ponte e está finalizando um período sanduíche, que começou em janeiro de 2018, na Penn State University (PSU).
Para o processo seletivo, segundo ela, é pedido que os estudantes enviem uma proposta de cinco páginas, apresentando os resultados principais obtidos durante o doutorado e enfatizando a relevância do trabalho em torno do tema central do evento que, este ano, foi Data Driven Plant Health (Saúde das plantas baseada em dados). A proposta da Maíra foi escolhida juntamente com outras quatro de pós-graduandos de instituições dos Estados Unidos.
No dia 14 de agosto, a doutoranda apresentou, em sessão ao vivo, via aplicativo Zoom, o trabalho Regional management of Fusarium head blight in Brazil and Pennsylvania: integrative risk assessment approaches using literature and field survey data. O tema está relacionado à pesquisa que vem desenvolvendo no doutorado. Na UFV, seu trabalho teve como foco a modelagem de perdas de produtividade devido à giberela do trigo e a análise econômica da aplicação de fungicidas visando ao manejo dessa doença. Já na Penn State University se aprofundou na compreensão dos aspectos básicos da biologia e ecologia do patógeno que causa a giberela do trigo (Fusarium graminearum).
Para Maíra, a realização do doutorado sanduíche tem sido “a experiência mais enriquecedora” de toda a sua formação profissional e pessoal. “Esta experiência possibilitou que eu entrasse em contato com pesquisadores renomados internacionalmente na área de epidemiologia de doenças de plantas, aprendesse sobre o sistema de produção dos Estados Unidos e aperfeiçoasse meu inglês”.
A estudante também destaca a oportunidade que teve de apresentar trabalhos em eventos internacionais, o que lhe permitiu interagir com grupos relacionados à sua área de atuação, aumentando, com isso, a visibilidade de sua pesquisa. Maíra defenderá sua tese até final de setembro, por videoconferência. Sua expectativa é permanecer nos Estados Unidos, onde tem recebido propostas para pós-doutorado.
Fonte: Divulgação Institucional/UFV (https://www2.dti.ufv.br/noticias/scripts/exibeNoticiaMulti.php?codNot=32953)